quarta-feira, janeiro 24, 2007

A Barreira Ambiental

Nos últimos dias ouviu-se falar do Programa de Aceleração do Crescimento, iniciativa do Atual Governo Federal que visa “dar um empurrão” no desenvolvimento do Brasil, sem que comprometa a economia e a Inflação. Um investimento de 500 Bilhões de Reais divididos entre os principais setores da indústria, educação, habitação e desenvolvimento econômico. A maior parte do valor total será arrecadado pelos Estados, gerando uma preocupação imensa, pois do valor total, somente 43 bilhões de Reais serão investidos em Saneamento básico (algo bastante precário em diversas regiões do Brasil e que em meu ponto de vista mereceria mais atenção).
Enfim, o paradigma da situação descrita é: Como injetar um investimento brutal em determinados setores da economia, enquanto outros de extrema relevância não são considerados? Como é possível estruturar e elevar a produção nos setores de óleo e gás, quando os órgãos de fiscalização ambiental encontram-se em situação lastimável, sem qualquer condição de realizar inspeções periódicas, sem estrutura física para prover à sociedade um atendimento a altura de sua importância.
Ainda tenho esperanças de ver a Barreira Ambiental ser derrubada pelo governo, a barreira do Governo de Bush, a barreira da produção “sob todos os custos” na China, e agora a barreira da Aceleração do Crescimento no Brasil. Não quero que isto seja visto como uma crítica a iniciativa do Governo Federal, mas sim como um alerta de que a população brasileira possui outras necessidades, tão importantes quanto o crescimento, ou seja, a garantia da vida e da sobrevivência, da sustentabilidade, não somente econômica, mas sim de todos os recursos que permitem traçar expectativas e planos de crescimento.