terça-feira, agosto 12, 2008

Continuidade dos sistemas de certificação ISO - Uma problemática atual nas empresas

Durante uma discussão em uma entrevista em que concorria a uma vaga de emprego, fui questionada sobre um tema comum a todos os gestores de SMS: Quais atitudes devam ser tomadas a fim de dar continuidade a um programa de gestão certificado várias vezes?


A resposta parace simples, mas é muito mais complexa do que possamos imaginar, enfim, vamos aos fatos.


Uma empresa quando busca implementar um programa de gestão, seja ela a ISO 9001, ISO 14001 ou OHSAS 18001, tem como principais objetivos a otimização dos processos de produção, redução dos custos operacionais, aumento do lucro, melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho e a redução dos impactos causados ao meio ambiente através da reestruturação de suas atividades. Inicialmente, o primeiro e maior desafio na implementação de programas de gestão e de suas respectivas certificações está na conscientização dos recursos humanos, uma vez que todas as etapas do processo de produção foram ajustadas e readaptadas a fim de atenderem aos novos requisitos propostos pelos PG (programas de gestão). Assim sendo, sabemos que não é fácil transmitir aos funcionarios com muito tempo de casa que, estes deverão ajustarem seu dia-a-dia no ambiente de trabalho de acordo com as novas diretrizes e padrões técnicos apresentados. E quem já passou por essa experiência sabe que não é simples, que muitas vezes deve-se recorrer ao artifício da colaboração por "livre e espontânea pressão" para que algum resultado apareça em curto prazo. E assim se dá o processo de certificação em grande parte das empresas no Brasil, em muitos casos a certificação é concedida após várias auditorias e horas gastas com consultores, mas de qualquer modo, o objetivo final foi alcançado: a tão almejada certificação!


Após esse período, depois das festas em homenagem a esse novo passo que as empresas dão rumo a uma nova fase operacional, surge outro problema: Como manter o sistema rodando naturalmente, sem a necessidade de outra intervenção externa para dar continuidade ao processo?



Costumo fazer uma analogia muito comum a esse fato: Quando chega o período que antecede a comemoração do dia dos pais, ocorre uma enxurrada de comerciais e divulgações publicitárias dos produtos que são comercilaizados especialmente nessa época, e por mais que estes sejam quase os mesmos todos os anos, a abordagem e as metodologias de exposição são diferentes. Isso faz com que a atenção do público alvo seja sempre direcionada ao comercial, por exemplo: uma loja de calçados sempre venderá calçados, cintos e etc. Imaginem se todos os anos essa mesma loja utilizar a mesma publicidade para chamar a atenção dos seus clientes, o que acontecerá? Provavelmente as pessoas deixarão de prestar atenção na terceira ou quarta exibição publicitária, afinal já saberão exatamente do que se trata.
O mesmo acontece com o processo de divulgação interno nas empresas; o funcionário chega a recepção e encontra a política da qualidade pendurada em uma moldura futurista. Nas primeiras vezes ele para, lê e absorve aquela informação. Nas vezes seguintes ele passa sem sequer notar o que está escrito, simplesmente pelo fato de relacionar a informação com o local em que esta se encontra. Em muitos casos o conteúdo da informação poderá ser mudado e este passará despercebido pela maioria.
Isso se dá pelo fato do ser humano se interessar por tudo o que é novidade, ou seja, no momento em que algo torna-se obsoleto ou comum, deixa de ser o centro das atenções ou simplesmente torna-se parte do dia-a-dia.
Uma alternativa para esse problema é modificar a forma de abordagem, o lugar de divulgação e/ou a formatação do texto ou apresentação das políticas internas de gestão e de suas respectivas diretrizes.

1 Comments:

At 11:05 AM, Blogger Portal Cidade do Sol said...

Boa tarde adorei teu blog, sou de manoel Viana rs, vc pode me seguir já estou segundo o teu blog, se der divula o meu blog? consultoria ambiental

 

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